sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Considerações sobre o tempo

Faz tempo que não visito esse blog, um espaço que já foi tão meu... Mais de um ano -, calculei agora. Ao mesmo tempo, revendo-o, parece que foi há um minuto atrás que o deixei. As lembranças do que sentia ao escrever aqui emergiram com tanta força, que revivi tudo agora como se o tempo não houvesse passado. Sim, o tempo é uma ilusão, dizem os cientistas - e corrobora a física quântica moderna. A questao, para alguns misticos, seria que nós insistimos em viver nele, ou melhor, limitamo-nos a isso, pois a mente humana não concebe a complexidade das coisas em tantas dimensões distintas. Por outro lado (e sao infinitos os "lados", embora nao os percebamos), nos podemos sentir que não há tempo algum; que lembrar-se é mais uma forma de trazer a tona velhas vivencias para o AGORA. A ciência diz que a mente nem sequer pode distinguir entre passado e presente: durante a recordação (ou a imaginação), tudo é vivido e sentido novamente, ou seja: ativam-se os músculos de um nadador mesmo quando ele esta parado, imaginando-se (ou recordando-se) nadando no mar.

O próprio mar - retornando novamente a ele, "relembrando" os posts mais antigos -, é uma metáfora do tempo e da vida, posto que a vida é movimento. Nada poderá ser como antes - nem mesmo o que afirmam ser Deus. Para aqueles que afirmam que O Todo, (ou Deus, "Senhor", "Pai" ou como queiram representa-lo) é a unica coisa imutável no universo, outros pensadores argumentam que essa grande consciencia está a todo momento revivendo o êxtase da sua própria recriação - a partir de nós e do mundo. Ou seja: a velha maxima "a única coisa que não muda é a mudança" e de fato verdade. Tudo esta fadado a mudar, a todo instante. E visto que a mudança é apenas uma abstração - e no fim, assim são todas as coisas -, então nada permanecera inalterado. E isso é o que torna a vida ainda mais bela e, paradoxalmente, mais dolorosa!...:)

Sem comentários: